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sexta-feira, dezembro 29, 2006

Vancouver

Parques verdinhos e ruas só para ciclistas. Comidas
deliciosas de todas as partes do mundo. Praias
limpas e estações de esqui por perto. Alguma dúvida de que Vancouver é a cidade mais legal do Canadá?

Vancouver, a terceira maior cidade canadense (a primeira é Toronto; a segunda, Montreal), com uma área metropolitana de dois milhões de habitantes. Tudo isso sem perder em segurança, limpeza e acessibilidade. Enfim, é dinâmica, mas tranqüila.
Tem o maior parque urbano da América do Norte, o Stanley Park, de 400 hectares (ou quase o triplo do tamanho do Parque do Ibirapuera, em São Paulo), e, segundo o mais recente ranking do instituto Economist Intelligence Unit, ligado à revista britânica The Economist, é o lugar com melhor qualidade de vida do mundo. Para os leitores da revista americana Condé Nast Traveler, ela foi a melhor cidade das Américas nos dois últimos anos. Também costuma ser avaliada como a melhor qualidade de vida do planeta nas categorias ambiente, receptividade, cultura, emprego, pontos turísticos, restaurantes, acomodação e compras. Suficiente? Vancouver tem títulos mais prosaicos.
Localizada na província de Colúmbia Britânica, extremo oeste do Canadá, a cidade é a escolha de muitos que procuram por um frio menos rigoroso, natureza e modernidade. De beleza natural magnífica, a cidade de Vancouver é banhada pelo Oceano Pacífico e ao norte pelas Montanhas Rochosas Canadenses, com elevações de 1500 metros de altitude. A natureza cria uma harmonia perfeita com a modernidade dos arranha-céus e construções em estilo arquitetônico europeu.
Com 70 filiais de Starbucks, muitas vezes na mesma esquina, ela se parece com Seattle, onde surgiu a famosa rede de cafés americana (as duas cidades estão a apenas 230 quilômetros de distância). Olhando a Lions Gate Bridge de soslaio, você pensará que está em San Francisco (tal a semelhança com a Golden Gate). Ao pegar o bondinho até o topo da Grouse Mountain, imediatamente se lembrará do Pão de Açúcar ou talvez da Montanha da Mesa, na Cidade do Cabo. Vancouver possui essa feliz combinação de praias, montanha, parques, bairros pacatos e arranha-céus espremidos nos pequenos braços de terra que avançam sobre o Oceano Pacífico. A cidade ideal. Ou, nas palavras do jornalista britânico Carl Honoré, autor do livro Devagar (Ed. Record), em que defende as idéias do slow movement, uma "slow city", ou cidade do bem-viver. Em que outro lugar você encontraria ruas largas e bem sinalizadas só para pedestres e ciclistas? (Saia de Yaletown, onde você pode alugar uma bicicleta, e pedale sem solavancos até a Seawall Promenade, o mar sempre à sua esquerda.) Em que outro lugar você assiste ao pôr-do-sol sentado num tronco de árvore, os pedaços de madeira dispostos simetricamente sobre a areia? (Vá até a praia de English Bay ou à Kitsilano Beach, onde moços sarados jogam vôlei nos fins de tarde.) Em que outro lugar você deita na grama e ninguém te perturba, rouba ou atropela? (Ao primeiro raio de sol, corra até o parque atrás do centro cultural de Roundhouse, e, se for em junho, você ainda assiste aos shows grátis do Festival Internacional de Jazz, que já vai para a 21a edição.) Sem falar nas praças de grama sempre bem cortada - e verde, muito verde (dádiva graças aos altos índices de chuva); no motorista que pede para o passageiro de trás completar suas moedinhas (você, que acabou de chegar, certamente não terá os 2,25 dólares canadenses certinhos para pagar a passagem nem comprou ainda um dos vales-transporte válidos para um mês). E mais: em que outra cidade de fala inglesa você não tem de se preocupar com sotaque ou em falar perfeitamente (cerca de 40% dos vancouverites vêm de outros países)? Voltada para o Oriente, e tomada por um espírito tipicamente canadense, Vancouver parece estar aberta para o mundo. Mais de 400 mil habitantes são chineses. Com tamanha população, tem a segunda maior Chinatown da América do Norte (perde só para a de San Francisco). Caminhando pela badalada Robson Street, partindo da Burrard Street, você verá que os cartazes de restaurantes, cibercafés e lojas passam a ser bilíngües: em inglês e mandarim (a segunda língua mais falada por lá). O toque asiático vê-se também nos restaurantes. Mais de 100 deles são chineses, e há também vietnamitas, tailandeses, japoneses, indianos... assim como indefectíveis franceses e italianos. Peixes frescos são a base dos melhores pratos. O salmão tem boa fama, merecida.
Vale lembrar que Vancouver é uma cidade multicultural, com forte emigração asiática, o que a fez também multilingüe. Depois do inglês e chinês, os idiomas mais falados são alemão, italiano, japonês, francês e espanhol. Mais da metade dos adolescentes de Vancouver cresceram falando um segundo ou terceiro idioma.

Tradução