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domingo, janeiro 14, 2007

Canadenses concluem que falar duas línguas combate demência senil

Um grupo de pesquisadores canadenses descobriu que o bilingüismo pode atrasar em quatro anos a aparição de sintomas de demência senil na comparação com pessoas que só falam um idioma.

O estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Rotman do Centro Baycrest de Pesquisa sobre o Envelhecimento e o Cérebro de Toronto. Os resultados serão publicados em fevereiro na revista médica "Neuropsychologia".
"Estamos entusiasmados com os resultados. Nosso estudo descobriu que falar duas línguas parece retardar em quatro anos o começo dos sintomas de demência", afirmou em comunicado Ellen Bialystok, principal pesquisadora da equipe.
Os pesquisadores estudaram como o estilo de vida, levando em conta desde a atividade física até a educação e o nível social, influi na "reserva cognitiva" durante os últimos anos de vida.
O conceito se refere a uma plasticidade neural melhorada, que é o uso alternativo de diferentes regiões do cérebro para compensar faculdades perdidas em outras áreas.
Os pesquisadores já tinham realizado estudos anteriores mostrando que o bilingüismo melhora a atenção e o controle cognitivo em crianças e adultos.
A equipe de Bialystok examinou os históricos de 184 pacientes entre 2002 e 2005 com problemas cognitivos. Havia 91 que falavam uma só língua e 93 bilíngües. Estes eram principalmente falantes de polonês, iídiche (dialeto dos judeus da Europa Central), alemão, romeno e húngaro.
Do total, 132 pacientes cumpriam os requisitos para serem diagnosticados com provável Alzheimer. Os outros 52 sofriam de outros tipos de demência.
No grupo de monoglotas, os sintomas de demência começaram aos 71,4 anos. Entre os bilíngües, a média foi aos 75,5 anos.
Os pesquisadores ressaltaram que a diferença se manteve inclusive considerando os possíveis efeitos de diferenças culturais, imigração, educação, emprego e sexo.
A equipe destacou que os resultados são preliminares e que agora está trabalhando para examinar melhor a relação entre bilingüismo e a aparição de sinais de demência.

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