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terça-feira, janeiro 23, 2007

HISTÓRIA DE MONTREAL

O local onde fica atualmente a cidade de Montreal era habitado por nativos algonquinos, hurões e iroqueses, por milhares de anos antes da chegada dos primeiros europeus. Os rios e lagos da região eram cheios de peixes, que serviam como alimento aos nativos, além de servir como rotas de transportes.O primeiro europeu a pisar na atual cidade de Montreal foi Jacques Cartier, que havia navegado o Rio São Lourenço acima, em 1535. Ouvindo rumores numa aldeia iroquesa, onde atualmente está localizada a cidade de Quebec, de que existia ouro na Ilha de Montreal, e impedido de continuar sua exploração rio acima pelas Cataratas de Lachine (geograficamente ao sul de Montreal), Cartier explorou a ilha, avistando uma aldeia iroquesa, Hochelaga, onde viviam aproximadamente mil nativos. A aldeia estava localizada ao pé do Monte Royal. Cartier então fincou uma cruz, a primeira de uma série, em honra ao Rei francês Francisco I, que havia patrocinado a excursão de Cartier. Para a infelicidade do navegador francês, o que os nativos haviam descrito como um "metal brilhante" não passava de quartzo, ou possivelmente pirita (o ouro dos tolos).Samuel de Champlain foi à Ilha de Montreal duas vezes, em 1603 e 1611, quase um século depois de Cartier. Hochelaga, então, já havia sido abandonada pelos iroqueses.

Colonização Francesa

Em 1639, o cobrador de impostos Jérôme Le Royer criou uma companhia, em Paris. O objetivo da companhia era a colonização da atual Ilha de Montreal. Em 1641, a companhia enviou um grupo de missionários cristãos, cujo objetivo principal era "cristianizar" os nativos locais. Em 1642, o grupo missionário, composto por cerca de 50 pessoas, desembarcou na ilha e construiu um forte, estabelecendo a Vila Maria de Montreal (Ville Marie de Montréal).Ataques iroqueses atacaram continuamente o forte, esperando destruir a então rentável troca de peles que os franceses mantinham com os algoquinos e hurões, rivais dos iroqueses. Apesar destes ataques, Montreal prosperava como centro católico de troca e venda de peles, bem como uma base central para a exploração de outras regiões da Nova França (regiões da América do Norte parte do império francês). No início do século XVII, a pequena Ville-Marie passou a ser chamada de Montreal. Então, possuía uma população de aproximadamente 3,5 mil habitantes.

Colonização Inglesa

Montreal foi invadida por forças inglesas em 1760, durante a Guerra Franco- Indígena( 1754 a 1763), e passando definitivamente para controle britânico em 1763 dada a decisão francesa de manter a Ilha de Guadalupe, no Tratado de Paris, e cedendo as colônias na América do Norte para o Reino Unido.Foi ocupada temporiamente pelos Estados Unidos durante a guerra da independência dos EUA em 1776. Benjamin Franklin e outros diplomatas americanos tentaram conseguir o apoio de canadenses francófonos à causa da independência das Treze Colônias contra os britânicos, sem sucesso. Em junho de 1776, com a chegada de tropas britânicas, os americanos recuaram.No início do século XVIII, Montreal possuía aproximadamente nove mil habitantes, quando imigrantes vindos da Escócia começaram a se instalar na cidade. Embora constituindo apenas uma pequena porcentagem da população da cidade, foram essenciais para a construção do Canal de Lachine, em 1825, que permitiu a navegação de grandes navios pelo rio, tornando a pequena Montreal em um dos principais centros portuários da América do Norte. Os pioneiros escoceses também criaram a primeira ponte conectando a ilha ao continente, o primeiro shopping center da cidade, ferrovias, e o Banco de Montreal, o primeiro banco do Canadá, e atualmente um dos maiores bancos do país.Foi a capital da província colonial do Canadá entre 1844 e 1849, e centro de uma explosão econômica que atraiu muitos imigrantes de língua inglesa, como irlandeses, escoceses e ingleses. Isto tornou a cidade por um curto período de tempo primariamente anglófona, até a chegada de mais imigrantes franceses nas décadas de 1840 e 1850. Este crescimento acelerado fez de Montreal a maior cidade da América Inglesa, e indiscutivelmente a capital econômica e cultural do Canadá, causando um boom populacional; entre 1825 e 1850, a população da cidade cresceu de 16 mil habitantes para 50 mil habitantes.




O parque de Monte Royal, e a estátua de Atena. O topo do Monte Royal pode ser visto no fundo da foto.

De 1867 à Década de 1950

O crescimento da cidade, tanto em termos econômicos (construção de indústrias e ferrovias) como populacionais (a cidade alcançou os 100 mil habitantes no final da década de 1860, dos quais metade eram de origem francesa) continuava. A importância e a prosperidade econômica da cidade aumentou quando a primeira ferrovia transcontinetal canadense, aCanadian Pacific Railway, foi construída, conectando Montreal com Vancouver, na Colúmbia Britânica, e outras cidades importantes no interior. Na virada do século, Montreal possuía uma população de aproximadamente 270 mil habitantes.Na Primeira Guerra Mundial, na qual o Canadá lutou do lado dos aliados ( França, Reino Unido, e, posteriomente, os Estados Unidos), os habitantes anglófonos da cidade apoiaram o governo, com muitos deles oferecendo-se para lutar na guerra. Os habitantes francófonos, contudo, não tiveram o mesmo entusiasmo. Em 1917, com insuficiência de soldados, a voluntarização forçada de quaisquer pessoas eligíveis a lutar na guerra causou revoltas em Montreal, afastando a população anglófona e francófona uma da outra.Depois da Primeira Guerra Mundial, com a proibição de bebidas alcólicas nos Estados Unidos, Montreal tornou-se um paraíso para americanos em busca debebidas alcoólicas. A cidade ganhou o infame apelido de Sin City (Cidade do Pecado), graças à venda de bebidas alcólicas, jogo e prostituição.Apesar de duramente atingida pela Grande Depressão econômica na década de 1930, Montreal continuou a desenvolver-se, com a construção de vários arranha-céús. Entre eles, o Sun Life Building, o mais alto arranha-céu da Commonwealth Britânica por um período de tempo.A Segunda Guerra Mundial e o alistamento forçado de pessoas trouxeram novamente problemas de cunho cultural entre anglófonos e francófonos. Desta vez, sem maiores consequências que a prisão de Camillien Houde, então prefeito da cidade, que incentivara os habitantes de Montreal a ignorar a causa do governo canadense na guerra, exortando ao não alistamento na mesma.

Décadas de 1960 e 1970

Por volta de 1950, a cidade de Montreal alcançou seu primeiro milhão de habitantes. Jean Drapeau foi eleito prefeito da cidade em 1954, ficando no cargo até 1957, e, depois, de 1960 até 1986, iniciando grandes projectos como um sistema de metrô, uma cidade subterrânea, a expansão da baía portuária, a inauguração do canal hidroviário do Rio São Lourenço e a construção de modernos edifícios comerciais no centro financeiro da cidade.Montreal foi o centro do crescimento do naciolalismo Quebequense, que havia começado nos anos 50, e crescido até o começo da década de 1970. Em 1967, Montreal foi sede da Expo 67, uma feira internacional que coincidiu com o centenário da independência canadense. A Expo 67 acabou por ser uma das maiores já realizadas da história, além de ter sido o palco de um famoso discurso do então presidente francês, Charles de Gaulle, no qual expressava o seu apoio aos nacionalistas Quebequenses, causando turbulências nas relações franco-canadianas.Montreal organizou os Jogos Olímpicos de Verão de 1976, o que endividou profundamente a cidade (na ordem dos bilhões de dólares canadenses), devido a gastos não controlados e a corrupção. A dívida continuou a ser paga até o início de 2006. Embora Montreal planeje concorrer nas seletivas que determinará a cidade que sediará os Jogos Olímpicos de 2016, muitos dos habitantes da cidade não querem que a cidade sedie outra Olimpíada.O maior centro urbano do Canadá e principal centro comercial e industrial do país desde os primórdios dahistória moderna do Canadá, Montreal foi superado, em número de habitantes e importância econômica, pela cidade de Toronto (Toronto e seus cinco subúrbios da época, que atualmente compõem a cidade de Toronto), na província de Ontário, entre a década de 1970 e década de 1980.O crescimento do nacionalismo Quebequense teve como consequência a ocorrência de atos terroristas, cometidos na cidade por extremistas entre 1963 e 1970. A aprovação da Lei 101 pelo governo de Quebec, em 1977, limitando o uso do inglês e outros idiomas que não o francês na política, comércio e na mídia, foram fatores decisivos, causando o afastamento de comerciantes e empresas internacionais, que se mudaram principalmente para Toronto, e a diminuição do número de imigrantes instalados na cidade.Em 6 de dezembro de 1989, Marc Lépine matou 14 estudantes do sexo feminino na Escola Politécnica de Montreal e feriu outros 13 estudantes, antes de cometer suicídio. Este evento, o Massacre da Escola Politécnica de Montreal, é o maior massacre já realizado em território canadense. Em 1992, Valery Fabrikant matou quatro colegas de trabalho na Universidade Concórdia.

Montreal celebrou seu 350º aniversário em 1992.



O Centro Financeiro de Montreal à noite.

Tradução